Translate

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Manual para cuidadores de idososDocument Transcript
1.            Manual paraCuidadores de IdososManual paraCuidadores de Idosos
2.            ExpedienteGovernador do EstadoGeraldo AlckminSecretário de Gestão PúblicaDavi ZaiaSuperintendente IamspeLatif Abrão JuniorChefe de Gabinete IamspeRoberto BavieraDiretoria IamspeAdministração - Maria das Graças Bigal Barboza da SilvaHSPE - “FMO” - Roberto Dantas QueirozDecam - Luciana Andrea Accorsi BerardiCedep - Abrão Elias AbdallaPrevenir - Miriam Matsura ShirassuElaborado por: Programa IntegralidadeJoão Paulo Baptista Campi / Maurício Ventura / Magda CruzColaboradores:Assistente Social Lívia Montes, Maria das Graças Freitas Parra, Paulo Henrique Gomes Teixeira, Nilza PasetchnyEnfermeiras Magda Thereza B. de Toledo, Márcia Torturela,Márcio Francisco Rodrigues, Mariana C. Pellissari,Marta Pimentel de Souza, Michelle P. dos SantosFarmacêutica Júlia Aranda P. de FreitasFisioterapeutas Cristina C. Pires, Juliane de Lemos A. RamosFonoaudióloga Flavia FoiadelliMédica Diva Leonor MonteiroNutricionista Ivani Maria FernandesPsicóloga Márcia Aparecida Pin FancelliTerapeuta Ocupacional Tatiana Vieira do CoutoCoordenação Editorial - Gestão de Comunicação CorporativaProjeto Gráfico - Ana Maria F. Marques e Fábio KameokaInstituto de Assistência Médica ao Servidor Público EstadualAv. Ibirapuera, 981 - Vila Clementino - 04029-000 - São Paulo - SPTelefone: (011) 5088-8000 - www.iamspe.sp.gov.br- Outubro de 2012 -
3.            ApresentaçãoPrezado usuário, Este manual foi elaborado com todo o cuidado, respeito e dedi-cação que você merece. Seu conteúdo reúne importantes orientações de profissionaisde diversas áreas da saúde cuja atuação e conhecimento con-tribuíram para fazer do Iamspe e do HSPE centros de referênciamédica no tratamento à população da terceira idade. São informações essenciais para familiares e cuidadores deidosos que se preocupam em oferecer um tratamento personali-zado, mas nem sempre sabem o que fazer ou como agir diante desituações do dia-a-dia. Este material mais uma vez destaca a vocação de vanguardado Iamspe que atende hoje 10% da população idosa do Estadode São Paulo e cujas iniciativas, algumas inéditas, certamentenortearão em um futuro não tão distante o atendimento médico auma imensa parcela da população brasileira.Latif Abrão JuniorSuperintendente do Iamspe
4.            ÍndiceÍndiceConhecendo o idoso 05O idoso que necessita de cuidados .............................................. 06Autonomia e independência ......................................................... 07Alguns sentimentos ...................................................................... 08A comunicação com o idoso ......................................................... 10A importância do toque ................................................................. 11Doenças mais comuns ................................................................. 12 Cuidar 16O cuidador da pessoa idosa ......................................................... 17Cuidando do cuidador .................................................................. 20 Os cuidados 21Higiene oral ................................................................................. 22Higiene corporal ........................................................................... 25Cuidados com as mãos e pés ...................................................... 28 Alimentação 29A importância da alimentação adequada ..................................... 30Cuidados na alimentação ............................................................. 32Orientações alimentares para aliviar alguns sintomas ................. 34Regras básicas de higiene alimentar ........................................... 36 Eliminações 37Eliminações intestinais ................................................................. 38Incontinência urinária .................................................................. 40 Outros temas importantes 42Prevenção de úlceras por pressão .............................................. 43Exercício respiratório ................................................................. 44Cuidados na movimentação do idoso acamado .......................... 45Facilitando as atividades do dia-a-dia ......................................... 46 Serviços disponíveis e direitos do idoso 51 Telefones úteis 54 Referências Bibliográficas 56
5.            5Conhecendo o idoso
6.            Conhecendo o idoso6O idoso que necessita de cuidados Para compreender o estado emocional de um idoso adoecido, de-vemos procurar contextualizá-lo em sua história, pois suas reaçõesemocionais estão diretamente relacionadas com as vivências acumu-ladas no decorrer de sua vida. Para entender e ajudar o idoso é necessário ouvi-lo, procurandoentender como ele se vê neste momento e como ele é visto pela fa-mília e pela equipe multiprofissional que o atende. A pessoa que envelhece, além de estar mais vulnerável a doen-ças, necessariamente se depara com inúmeras situações de perda(filhos distantes, aposentadoria, morte de pessoas queridas etc.). Atitudes intransigentes, irritabilidade, solicitações e queixas po-dem refletir um desconforto vivenciado pelo idoso frente às suas limi-tações e perda de autonomia. Acolher o idoso em suas angústias e ansiedades, sem superpro-teção ou infantilização (tratá-lo como criança), estimulando-o para oenfrentamento da realidade sem desvalorizar ou perder de vista osaspectos positivos de sua vida e suas potencialidades, facilitará aaceitação de sua condição e a própria ação do cuidador. Caso contrário, é provável que o cuidador seja envolvido porsentimentos de impotência e sobrecarga emocional, o que podetornar sua tarefa desgastante e difícil.
7.            Conhecendo o idoso7Autonomia e independência Autonomia é a capacidade de decidir coisas sozinho. Independência é a capacidade de fazer coisas sozinho. Nem sempre um idoso perde as duas coisas! Um idoso pode nãoconseguir trocar de roupa sozinho, mas pode escolher a roupa quequer vestir. O inverso também pode acontecer: um idoso pode nãoconseguir escolher sua roupa, mas pode conseguir vesti-la sozinho. Lembre-se que o idoso pode não conseguir fazer toda a ativi-dade, mas pode conseguir fazer parte dela. Pode ser necessário,então, dividir a atividade em etapas. Por exemplo: a atividade decozinhar arroz pode ser difícil porque envolve o uso do fogão eutensílios como a faca, mas pode ser que o idoso consiga escolhero arroz e lavá-lo. Também pode ser difícil fazer uma escolha dentro de uma infi-nidade de opções, mas você pode facilitar diminuindo as alternati-vas. Por exemplo, em vez de de abrir o guarda-roupa, mostre duaspeças e peça para ele escolher uma. Permitir pequenas escolhas quando o idoso deseja e está pron-to também ajuda a diminuir a sensação de que ele não tem con-trole sobre o ambiente. Quaisquer decisões, por mais simples quesejam, são importantes, pois permitem ao idoso exercitar o auto-domínio, reduzindo a sensação de perda da autonomia, fato gera-dor de grande ansiedade.Alerta: Autonomia e independência podem e devem ser exercidassempre desde que a segurança não seja comprometida. Portanto,sempre que possível estimule essas duas habilidades, que podemser perdidas à medida que não são exercidas.
8.            Conhecendo o idoso8Alguns sentimentos PA ansiedade do idoso sempre aumenta quando ele se sente de-samparado, ameaçado ou sem nenhum controle sobre a situaçãoque está atravessando. Respeitar seu desejo de saber sobre sua doença e informá-lo so-bre a rotina de cuidados e procedimentos vai permitir ao idoso prepa-rar-se emocionalmente.Respeite o território do idoso Como todos nós, o idoso também tenta demarcar muito bem o seuterritório com a colocação de objetos pessoais como chinelo, livro,Bíblia, fotos, etc. Qualquer invasão desse território sem permissãotambém cria reações de defesa. Pessoas ansiosas são mais propensas a um diálogo interno, o queaumenta a ansiedade. Podemos encontrá-los em silêncio e, ao mesmo tempo, dizendocoisas para si mesmo (exemplo: “Não posso suportar isso aqui”.“Não consigo suportar essa dor”). PSolicitar ao paciente que fale em voz alta sobre seus sentimentose pensamentos ajudará o cuidador a entender o que está atrapa-lhando seu descanso e relaxamento. Qualquer mensagem que estimule a segurança do idoso, o sen-timento de controle e da esperança, que o coloque em um papelativo e positivo, e não no papel de vítima e incapaz, aumentará suasensação de bem-estar. Dialogue com o idoso sempre que houverdisponibilidade e oportunidade, independentemente de sua con-dição física ou estado emocional. Solicite e estimule o idoso paraque fale sobre si, pedindo sua opinião, fazendo-o participar de cer-ta forma da rotina da casa.
9.            PConhecendo o idoso9 PGeralmente encontraremos expressões de baixa auto-estima, sen-timentos de impotência e descrédito da vida (exemplo: “não possofazer nada por mim”). Assim, solicite ao idoso que identifique o queele pode fazer por si, por mais simples que seja (exemplo: levantarseu próprio corpo, virar de um lado para outro, mostrar um sorrisopara você), afirmando o quanto isso nos faz bem e tem valor. PO idoso com demência tem dificuldade para interpretar o que estásentindo e, portanto, para comunicar tal fato. É importante que ocuidador esteja atento para identificar situações como sede, fome,frio, calor, dor etc. No caso do idoso com demência: evite falar muito e rápido; dê or-dens simples e faça perguntas cujas respostas sejam “sim” ou“não”. Ao entardecer, prefira atividades calmas e relaxantes. Evitesituações de conflito e mude o foco do assunto quando umasituação como essa ocorrer.
10.          Conhecendo o idoso10A comunicação com o idoso A comunicação eficaz se inicia com a disposição do cuidador emsaber ouvir e respeitar os desejos do idoso. Devemos lembrar quea comunicação não ocorre só por meio da palavra falada ou escrita,mas também por todos os sinais que transmitimos em nossas ex-pressões faciais, nossa postura corporal, nosso tom de voz, nossacapacidade e jeito de tocar, entre outras.Tudo isso é comunicação!!! A pessoa com dificuldade de se comunicar por meio da palavra,pode apresentar um aumento do sentimento de desamparo e perdada autonomia. Essa situação exigirá do cuidador mais atenção e per-cepção do idoso sob seus cuidados. PDicas para melhorar a comunicação com o idoso: PUse frases curtas e fale devagar. PSeja objetivo nessas frases. PProcure um ambiente com poucos ruídos. PFale de frente para o idoso, olhe-o nos olhos. PNão se vire ou se afaste enquanto fala. PDê tempo para ele responder às perguntas feitas e não o interrom-pa no meio das frases. PChame-o pelo nome. Não infantilize o idoso chamando-o, porexemplo, de “tiozinho” ou “vovô”. Lembre-se de sorrir: na nossa cultura, o sorriso tem conotação de“quero paz”, “não vou brigar”.Importante! A ausência de fala não significa impossibilidade de comunicação. Useplacas ou cartazes com frases usuais prontas (exemplos: estou com sede,com calor, com fome etc.) ou figuras ( frutas, vaso sanitário etc.).
11.          Conhecendo o idoso11A importância do toque A necessidade de contato tátil está presente em todas as pes-soas desde o nascimento. Esta necessidade é intensificada du-rante episódios de estresse elevado. Quando utilizamos o toquena comunicação, geralmente estamos transmitindo compreensão,apoio, calor, preocupação e proximidade ao idoso. Usando o toque de uma forma expressiva, genuína e sincera, ocuidador poderá transmitir claramente o apoio prestado, além de fa-cilitar a comunicação com o idoso. É bom haver toque quando o idoso: P se sente sozinho; P está com dor; P apresenta a auto-estima e a auto-imagem diminuídas; P está triste e deprimido; P  Se o idoso está confusoPestá com a consciência diminuída.Algumas situações nas quais é necessário cuidado ao tocar o idoso: PA pessoa com paranóia ou alteração metabólica, por exem-plo, pode entender o toque de maneira diferente, comoagressão ou sedução. Se tem deficiência visual Como não vê a aproximação, pode se assustar com o contato.É preciso avisá-lo antes. Quando tocamos alguém, estamos invadindo seu espaço pessoal.Por isso, é importante ficar atento aos sinais não-verbais que de-monstram consentimento ou não do idoso em relação a essa invasão,como sua expressão facial, rigidez muscular, direção do olhar etc..
12.          Conhecendo o idoso12Doenças mais comuns Uma série de doenças entre os idosos exigem atendimento rápido.Muitas doenças podem não se apresentar de forma clara, caso deinfecções como pneumonia e infecção urinária, que podem ocorrersem sintoma de febre.Doenças FatoresDiabetesObesidade, sedentarismo,casos na família.Osteoporose (enfraquecimentodos ossos)Fumo, sedentarismo, dietapobre em cálcio. Na mulher, orisco é sete vezes maior.Osteoartrose(desgaste das articulações)Obesidade, traumatismo,casos na família.InfecçãoUrináriaRetenção urináriano homem. Na mulher,incontinência urinária.PneumoniaGripe, enfisema ebronquite anteriores. Alcoolismoe imobilização na cama.Enfisema eBronquite CrônicaFumo, casos na família,poluição ambiental excessiva.Infarto, Angina,Insuficiência CardíacaPouca atividade física (sedentarismo),fumo, diabetes, alta taxa de gordura nosangue (colesterol) e obesidade (gordura).Pressão Alta (Hipertensão)Obesidade, sedentarismo eexcesso de estresse.DerramesPressão alta, fumo, sedentarismo,obesidade e colesterol elevado.Doenças mais comuns o que o cuidador deve saber
13.          Conhecendo o idoso13Alerta: Diminuição na aceitação de alimentação e confusãomental que se inicia de forma súbita podem ser sinais deinfecção, mesmo com ausência de febre.Sintomas PrevençãoMuita sede e aumento dovolume da urina.Controlar o peso e a taxa deaçúcar no sangue.Não há sintomas. Emgeral, é descoberta pelascomplicações (fraturas).Atividade física, não fumar,comer alimentos ricos emcálcio (leite, queijo, coalhada).Dores nas juntas desustentação (joelho,tornozelo, coluna).Controlar peso epraticar atividadefísica adequada.Ardor ao urinar e vontadefrequente de urinar.É preciso tratar a infecção ea sua causa.Febre, dor ao expirar,tosse produtiva.Atividade física, mudança de posicionamentono leito, boa alimentação e hidratação,vacinação contra gripe e pneumonia.Tosse, falta de are escarro.Parar de fumar, manter acasa ventilada e aberta ao sol.Falta de ar, dor no peito,inchaço, palpitação.Atividade física, não fumare controlar peso,colesterol e diabetes.Cansaço, palpitações,dores na cabeça(principalmente na nuca).Redução do sal e gorduras na alimentação,hábitos de alimentação saudável: consumomaior de fibras (frutas e verduras), carnesmagras em geral. Evitar frituras.Tontura, desmaio,paralisia súbita.Atividade física, não fumar, controlar pressãoarterial, peso e colesterol.
14.          Conhecendo o idoso14Emergência Tenha sempre à mão um telefone e os contatos para localizar fa-miliares, médicos e serviços de saúde para pedidos de ajuda.Emergências em casa Emergência é uma situação grave (piora súbita da saúde ouum acidente, por exemplo) que requer uma ação imediata parapreservar a vida da pessoa. Após o primeiro atendimento, procureajuda da equipe de saúde.Situação O que fazerQuedaEm caso de queda, observe se existe algumadeformidade, dor intensa ou incapacidadede movimentação - situações que sugeremocorrência de fratura. Se há fratura, nãomovimente a pessoa cuidada e chame o serviçode emergência rapidamente.Convulsãoou AtaqueEpiléticoDurante a crise convulsiva, apoie a cabeça dapessoa e gire para o lado evitando que a salivaseja aspirada e chegue aos pulmões. Afastemóveis e objetos para evitar que a pessoa semachuque durante a convulsão. Ao final da crise,tranquilize a pessoa, pois ela acorda confusa,desorientada, sentindo dores pelo corpo e semsaber o que aconteceu.Samu 192 Bombeiros 193
15.          Conhecendo o idoso15Vômito Se a pessoa acamada estiver vomitando, vire-ade lado para evitar que o vômito seja aspirado echegue aos pulmões. Vômitos frequentes causamdesidratação: neste caso, procure ajuda da equipede saúde imediatamente.DesmaioEnquanto a pessoa estiver inconsciente, nãoofereça líquidos ou alimentos pois ela podeengasgar. Verifique se a pessoa apresentaferimentos ou fraturas. Se não houver ferimentosou fraturas, peça ajuda para levantá-la e colocá-la na cama. Mantenha a pessoa deitada, com acabeça no mesmo nível do corpo.SangramentoEm caso de sangramento externo, procureidentificar a origem para estancá-lo, apertandoo local com as mãos. Para evitar contaminação,proteja essa região do corpo com pano limpo.Para diminuir o sangramento, utilize compressa comgelo ou água gelada, mantendo o local elevado.O sangramento interno pode ser percebido pelasaída de sangue pela boca, nariz, fezes, urina,vagina ou pênis, devendo sempre ser avaliadopela equipe de saúde.ConfusãomentalNa confusão mental, a pessoa fica agitada, irritada,desorientada, fala coisas sem sentido, não sabeonde está, parece ativa num momento e logoa seguir pode estar sonolenta e com a atençãoprejudicada. Nestes casos, a pessoa deverá seravaliada pela equipe de saúde rapidamente.
16.          16“[...] Preciso aprender que tenho queprimeiro cuidar de mim antes de desejarser o anjo da guarda de alguém”.Kamylla CavalcantiCuidar
17.          Cuidar17O cuidador da pessoa idosaCuidar é uma capacidade inatado ser humano e faz parte de muitosmomentos de nossas vidas. Durante o período de adoecimento, este papel precisa ser assu-mido por alguém mais próximo, que possa dar suporte e atender àsnecessidades da pessoa a ser cuidada, tendo em vista a melhoria dasua saúde e de qualidade de vida. Todo ser humano tem a necessidade de ser cuidado e a capaci-dade de cuidar do outro. Basta se preparar, buscar ajuda para isso,aprender a conhecer bem aquele que está cuidando e o principal:conhecer a si próprio. Para ajudar o outro devemos ter consciênciade nossos limites e potencialidades. Participar da recuperação de uma pessoa doente requer atitudescomo empatia, respeito, atenção, envolvimento, disponibilidade paratroca de afetos e tolerância. Ser ativo neste papel de cuidador signifi-ca compreender o outro e aprender com o dia-a-dia. PExistem duas categorias de cuidador: Cuidador informal PÉ o membro familiar, amigo ou vizinho, escolhido entre os fami-liares para cuidar da pessoa idosa como voluntário, sem rece-ber pagamento. Cuidador formal É o profissional, que recebeu um treinamento específico para afunção e exerce a atividade mediante uma remuneração, man-tendo vínculos contratuais.
18.          Cuidar181. PQualidades necessárias Boa saúde PO cuidador deve ter boa saúde para poder ajudar e apoiar oidoso em suas atividades diárias. Também deve ter condiçõesde avaliar e tomar decisões em situações de emergência quenecessitem de iniciativas e ações rápidas. PCompreensão Deve ter capacidade de compreender os momentos difíceis quea família e a pessoa idosa podem estar passando por causa dadiminuição da capacidade física e mental do idoso. Capacidade de observação PO cuidador deve ficar atento às alterações físicas e emocio-nais da pessoa idosa que podem representar sintomas dealguma doença. Qualidades éticas e morais  ResponsabilidadePO cuidador precisa tratar com respeito a pessoa idosa e sua famí-lia. Deve respeitar a intimidade, a organização e crenças da famí-lia, evitar interferências e, sobretudo, exercer a ética profissional. PLembrar sempre que a família, ao entregar aos seus cuidadosa pessoa idosa, está lhe confiando uma tarefa que, nesse mo-mento, está impossibilitada de realizar, mas que espera sejadesempenhada com todo o carinho e dedicação. Como emqualquer trabalho, a pontualidade, assiduidade e o compromis-so contratual devem ser respeitados. Motivação Para exercer bem qualquer atividade, é necessário gostar doque faz. É importante que o cuidador tenha empatia por pesso-as idosas, entendendo que nem sempre vai ter uma respostapositiva pelos seus esforços, mas terá a alegria e a satisfaçãodo dever cumprido.
19.          PCuidar19 Bom senso e apresentação O cuidador, como qualquer trabalhador, deve se vestir adequa-damente, sem jóias e enfeites que possam machucar a pessoaidosa. O cabelo dever estar penteado e, ser for longo, preso. Asunhas devem estar cortadas e limpas. O cuidador não deve usarmaquiagem forte. Deve dar preferência ao uso de uniforme.2. Quando o cuidado à pessoa idosa é exercido no hospital PO que ajuda? PInformar-se sobre a rotina hospitalar, conhecendo as funções eos limites, visando a co-participação no atendimento à pessoaidosa durante sua permanência no hospital. PTomar conhecimento e respeitar o regulamento do hospital, man-tendo um bom relacionamento com a equipe de saúde. Demonstrar interesse em aprender a cuidarda pessoa idosa de acordo com as suaspossibilidades, para atender as neces-sidades do paciente após a volta aodomicílio, evitando a reinternação. PO que dificulta?  Dar informações incorre-tas ou omitir dados sobreendereço, estrutura fami-liar, situação habitacionalou financeira.PNão transmitir à equipe desaúde informações sobremudanças na pessoa idosaou na família que possamcomprometer a sua saúde.
20.          20CuidarCuidando do cuidador O cuidador também vivencia muitos sentimentos quando está nes-te papel e pode desenvolver estresse se não aprender a lidar comsentimentos como impotência, intolerância, irritabilidade e culpa. É importante reconhecer seus limites físicos e emocionais, bus-cando a colaboração de outras pessoas com quem possa dividiresta responsabilidade. PDicas: PO cuidador não pode ser insubstituível. PEle deve aprender a organizar seu tempo para não abrir mãode seu auto-cuidado, lazer e relações interpessoais, fato muitocomum. PDeve buscar ajuda profissional e aprendizado sempre. É preciso estar bem para ser um bom cuidador!Procure ajudaprofissional, dosfamiliares, dos amigos.Ninguém precisa ficar sónesta situação.Está na hora de prestar atenção em você quando:- Ficar sobrecarregado- Não tiver controle dos próprios sentimentos- Adoecer física ou emocionalmente
21.          Os cuidados
22.          Os cuidados22 É de fundamental importância que o cuidador avalie o grau de de-pendência do idoso em relação à higiene pessoal e cuidados com ovestuário, levando-se em conta o seu conforto e segurança. PO cuidador deve auxiliar e fazer pelo idoso apenas o necessário,estimulando ao máximo a sua participação.Higiene oralFinalidade: PPrevenir infecções e cáries PEliminar restos de alimentos e microorganismos PEstimular a circulação do sangue PEvitar mau hálito PProporcionar limpeza e confortoDeve ser realizada sempre, tenha o idosodentes naturais ou não e mesmo que elenão se alimente por via oral (uso de sonda)Quando realizar PAo acordar pela manhã PApós as refeições PAntes de dormirMateriais necessários Ptoalha de rosto Pcreme dental ou solução antisséptica fio dental
23.          POs cuidados23 Pescova dental em bom estado ou espátula tipo “palito de sorvete”envolta em gaze Pcopo com água Precipiente para desprezar a água suja Plubrificante para os lábios (manteiga de cacau, vaselina líquidaou batom) Pescovinha de unhas sem uso anterior (para limpeza de prótesesou coroa)Observar durante o procedimento: PIntegridade, cor e sensibilidade da mucosa oral, dentes, línguae lábios, presença ou não de mau hálito e adaptação da prótese(se houver).Como realizar a higiene oral: PPosicionar o idoso adequadamente: sentado em 45 graus, ou dei-tado com a cabeça de lado; PRealizar a escovação dos dentes com movimentos firmes de var-redura no sentido longitudinal, massageando a gengiva e limpan-do os dentes (arcada superior e inferior). Não esquecer de limpare massagear a língua e a mucosa oral; PEnxaguar a boca com água limpa quantas vezes for necessário; PRealizar a limpeza com fio dental nos espaços interdentais, ondea escova não promove limpeza eficiente; PLubrificar os lábios ao término do procedimento.Cuidados com próteses: É preciso dar maior atenção para a higiene oral nos idosos que usamprótese dentária. A prótese deve ser retirada depois de cada refeição,higienizada fora da boca e recolocada após limpeza da cavidade oral;
24.          POs cuidados24 PCom o envelhecimento, ocorre perda da elasticidade da mucosae diminuição do fluxo salivar, dificultando assim a adaptação depróteses dentárias. Quando mal adaptadas, as próteses podemprovocar lesões graves; PQuando não estiverem em uso, as próteses deverão ser coloca-das em solução antisséptica e, após higienização, guardadas emlocal seguro, em recipiente com tampa e água limpa; PAlguns idosos não devem usar a prótese durante o dia todo porcausa do risco de a engolir. Neste caso, é recomendado colocá-lasomente no momento da refeição; Antes de serem utilizadas, as próteses devem ser higienizadas eoferecidas molhadas ao paciente para melhor adaptação.Sempre lave as mãos antes de qualquer procedimento com o paciente
25.          POs cuidados25Higiene corporalFinalidade: PPromover a limpeza do corpo, proporcionar sensação refrescan-te, boa aparência, estimular as glândulas sudoríparas (através daabertura dos poros), remover odores, eliminar microorganismosnocivos e assim prevenir o aparecimento de lesões ou complica-ções de algumas enfermidades.Quando realizar? PO banho deve ser diário, a higiene íntima e das mãos deve serfeita sempre que necessário, principalmente após as eliminaçõesfisiológicas ou após a troca de fraldas PEscolher os horários mais quentes do dia para o banho, respeitan-do a preferência do idoso.Atenção! PNo processo de envelhecimento, a pele torna-se mais sensívele ressecada. São necessários cuidados especiais como: utilizarsabonete neutro que deve ser complemente removido da peleno enxágue; fazer movimentos suaves e secar todo o corpo comatenção especial para as áreas com dobras, como a região dasmamas, axilas e entre os dedos PSecar bem os cabelos, usando o secador quando necessário. Observar o estado geral do idoso, comunicando aos familiares oumédico responsável qualquer anormalidade.Observar:- Pele: cor, textura, sensibilidade, temperatura, hidratação epresença de lesões;- Estado de limpeza, lesões ou alterações do corpo, couro cabe-ludo e unhas;- Presença de parasitas na pele ou no couro cabeludo;- Comprimento das unhas, cabelo e pelos.
26.          POs cuidados26Hora do banho: chuveiro ou leito? O cuidador deverá optar sempre pelo banho de chuveiro deixandoo banho de leito apenas para as ocasiões em que o idoso estejaimpossibilitado de sair da cama. Banho de chuveiro:- Dar muita atenção à locomoção do idoso ao banheiro. Às vezes,podem ser necessárias algumas adaptações ambientais paraprevenir quedas e acidentes no percurso ou durante o banho.- Havendo dificuldade de mobilidade, usar uma cadeira paraapoio durante o banho.- PSe o idoso ficar muito tempo deitado, é importante deixá-lo sen-tado por alguns minutos antes de levá-lo ao banheiro.Banho de leito: Explicar ao idoso o procedimento que será realizado. Antes deiniciar, oferecer-lhe a comadre ou papagaio para que possa fa-zer suas necessidades fisiológicas, quando controladas. P Preparar o seguinte material: - Jarro e bacia com água em temperatura adequada - Balde - Sabonete - Xampu e condicionador - Toalhas - Saco plástico- Bucha e pano macio para ensaboar e retirar o sabão, respecti-vamente - Luva de procedimento para o cuidador - Forro de plástico e de pano para proteger a cama - Hidratantes para a massagem de conforto - Pente ou escova de cabelo. - Roupas de cama, íntima e camisola ou pijama limpos - Fralda, se necessário.
27.          Os cuidados27Procedimento:1. Cobrir a cama com o forro de plástico para proteção do colchão.2. Despir o idoso, sem expô-lo, cobrindo-o com um lençol.3. Iniciar a higiene dos cabelos e couro cabeludo com auxílio da bacia.4. Realizar a limpeza dos olhos e face, delicadamente.5. Em seguida, molhar a bucha, ensaboá-la e iniciar o banho, sem-pre do sentido da cabeça para os pés, com movimentos firmes,enxaguando o corpo e secando por partes.6. Para a higiene íntima, colocar uma comadre sob as nádegas,ensaboar a região genital no sentido da púbis para o ânus e jo-gar água com o jarro para enxaguá-la. Secar cuidadosamente aregião e aparar os pelos, se necessário. Se o idoso realizar suahigiene íntima, lavar suas mãos ao término do procedimento.7. Virar o idoso de lado, empurrando a roupa suja para o centroda cama. Secar o colchão e trocar as roupas de cama inician-do por este lado, depois virar o idoso para o lado já limpo earrumar o lado oposto.8. Massagear todo o corpo com loção hidratante usando movi-mentos longos e suaves, seguidos de movimentos circulares.9. Vestir o idoso, penteá-lo e posicioná-lo confortavelmente.10. Antes de fazer a barba em idosos do sexo masculino, é necessá-rio amaciar os pelos com pano úmido e quente por pelo menosum minuto. Ensaboar com creme de barbear e fazer a barba,sempre obedecendo o sentido de crescimento dos fios. Ao térmi-no, secar o rosto e aplicar loção após barba. Esta sequência auxilia o cuidador na realização do banho deleito e deve ser adequada às condições do idoso, do ambiente e domaterial disponível.
28.          Os cuidados28 Cuidados com as mãos e pés1. Após o banho, deixar as unhas de molho em água bicarbonatadaou com sabão por 10 minutos para amolecê-las (com o envelhe-cimento, as unhas tornam-se endurecidas, espessas e quebradi-ças). Este procedimento facilitará o corte, em linha reta não muitorente, evitando o aparecimento de unhas encravadas e feridascom posterior inflamação e infecção.2. Lixar após o corte, enxaguar e secar entre os dedos.3. Evitar tirar cutículas, pois um simples ferimento pode ocasionarinfecções graves.Cuidados simples para evitar complicações com os pés: Os pés são fundamentais para a independência do idoso e mere-cem uma atenção especial. O cuidador deverá estar atento à tem-peratura, estado da pele, sensibilidade, circulação, joanetes, calos,micoses, edemas, lesões etc.1. Secar cuidadosamente os pés, especialmente entre os dedos. Evi-tar esfregar.2. Realizar movimentos de rotação e extensão, estimulando a circu-lação e prevenindo atrofias musculares.3. Usar calçados bem adaptados. Não usar sapatos apertados oucom saltos muito altos, evitando a formação de calos e lesões.4. Quando a temperatura estiver fria, usar meias limpas e folgadas,sem furos ou remendos com costuras.5. Não cortar nem puxar calos ou calosidades, evitando infecções,que podem ser graves.6. Usar protetores de calcâneo se observar a presença de hipe-remia (pele avermelhada), evitando assim o aparecimento deúlceras por pressão.
29.          29Alimentação
30.          30AlimentaçãoA importância da alimentação adequada A energia, as proteínas, vitaminas e minerais que precisamos paramanter a saúde física e mental estão nos alimentos, não nas farmá-cias. Cuide bem das refeições do idoso, faça com que coma na horacerta, prestando atenção na qualidade e quantidade. Alimentar-sebem é a melhor maneira de combater a desnutrição, a obesidade eprevenir outras doenças. PNenhum alimento sozinho contém todos os nutrientes necessáriosao organismo. Por isso devemos ter uma alimentação variada. Cadaalimento possui nutrientes em diferentes quantidades e cada nutrien-te exerce uma função específica no organismo. PProteínas: constroem e conservam o organismo. São chamadasde construtores como os tijolos de uma casa; PGorduras: além de fornecer energia para o corpo, ajudam no trans-porte das vitaminas A, D, E e K através do organismo; PCarboidratos: fornecem energia para o corpo; por essa razão, sãochamados também de energéticos; PVitaminas e Sais Minerais: são chamados reguladores, pois aju-dam no bom funcionamento do organismo, como uma chave defenda que ajuda na regulação das engrenagens de uma máquina; PÁgua: hidrata o organismo e transporta nutrientes; Fibras: auxiliam o bom funcionamento intestinal e a prevenção etratamento do colesterol elevado. “Energia vazia”: são alimentos que não contêm proteínas, vitami-nas ou minerais, somente a energia proveniente do açúcar. Substituabalas, refrigerantes, refrescos industrializados, açúcar comum, gela-tina artificial etc. por alimentos mais equilibrados.Uma maneira prática de selecionar corretamente os alimentose equilibrar a alimentação é utilizar a Pirâmide Alimentar.
31.          31AlimentaçãoRecomendação diária de alimentos:Suplemento de cálcio Vitamina D,Vitamina B6 e B12, Fólico, Vitamina E,Vitamina C e ZincoPães, cereaisfortificados,arroz e grupodas massas:6 a 11 porçõesÁgua: 8 copos ou maisGordura, óleos e doces:consumir com moderaçãoLeite, iogurte egrupo de queijos:2 a 3 porçõesGrupo dosvegetais:3 a 5porçõesGrupo dasfrutas:2 a 4 porçõesCarne, aves, peixe,grãos, ovos egrupo de castanhas:2 a 3 porçõesPirâmide alimentar recomendada a idosos= açúcares (acrescentados)= provável necessidade para suplementação= gordura (naturalmente presente e adicionada)= fibra (deve estar presente)
32.          P32AlimentaçãoCuidados na alimentação PPara manter o funcionamento do intestino é importante que o cui-dador ofereça ao idoso alimentos ricos em fibras como as frutas ehortaliças cruas, leguminosas, cereais integrais como arroz inte-gral, aveia, trigo para quibe etc. Substituir o pão branco por pão in-tegral e escolher massa com farinha integral. Acrescentar legumese verduras no recheio de sanduíches e tortas e nas sopas. É importante o consumo diário de carnes e leguminosas, pois es-ses alimentos são ricos em ferro. O ferro dos alimentos é melhorabsorvido pelo corpo quando ingerido com alimentos ricos em vPi-tamina C, como laranja, limão, abacaxi e outros, em sua formanatural ou em sucos. PO consumo de açúcar e gordura deve ser moderado pois o exces-so pode causar aumento de peso, obesidade, doenças cardiovas-culares e diabetes. PO sódio é essencial para o funcionamento do corpo, mas o excessopode levar ao aumento da pressão do sangue (hipertensão). Reduzao consumo de sal (cloreto de sódio). Tire o saleiro da mesa. Evitetemperos prontos, alimentos enlatados, carnes salgadas e embutidoscomo salsicha, presunto, linguiça etc.. Todos eles têm muito sal. POfereça à pessoa cuidada, de preferência nos intervalos dasrefeições, 6 a 8 copos de líquidos por dia: água, leite, chá ousucos de frutas.  Caso o idoso possa mastigar normalmente, não há razão para modifi-car a consistência dos alimentos. No caso da ausência parcial ou totalde dentes e uso de prótese, os alimentos poderão ser picados, des-PÉ importante que a refeição seja de fácil digestão e que apresentecor, sabor, aroma e textura agradáveis aos órgãos dos sentidos.Varie frequentemente os temperos e o modo de preparo dos ali-mentos. Use à vontade temperos naturais (alho, cebola e ervascomo manjericão, coentro, salsa, cebolinha, orégano etc.).
33.          P33Alimentaçãofiados, moídos, ralados, amassados ou batidos no liquidificador. Casohaja dificuldade para engolir, procure oferecer alimentos cozidos. PO idoso que ainda conserva a independência para se alimentarsozinho deve continuar a receber estímulos para fazê-lo. PCaso o tempo de refeição seja maior que 30 minutos, o cuidadordeve deixar o idoso comer sozinho por 15 minutos e nos outros 15minutos deverá auxiliá-lo.Nem sempre alimentar o idoso é tarefa fácil!O que facilita PHorários regulares; PAmbiente tranquilo; PMuita calma e paciência no momento da alimentação; PO idoso deve estar sentado confortavelmente para receber a ali-mentação; PA altura do prato deve ser adequada para que o idoso possa sealimentar sozinho. O local onde fica o prato pode ser elevado, porexemplo, com o auxílio de livros; PPara diminuir a sujeira do ambiente durante a alimentação, o chãopode ser forrado com plástico ou jornal; PUso de bicos adaptadores para copos, talheres adaptados e ou-tros acessórios são indicados em casos específicos e sob a orien-tação de profissionais.Atenção: PAo alimentar a pessoa acamada, coloque-a na posição mais sen-tada possível com a ajuda de almofadas e travesseiros; Jamais ofereça água ou alimentos quando o idoso estiver deitado,sonolento ou engasgado.Sinais de engasgo: tosse ou espirro ao engolir.
34.          34AlimentaçãoOrientações alimentares para aliviaralguns sintomas 1. Disfagia (dificuldade para deglutir) PA disfagia pode causar desnutrição, desidratação ou o alimen-to pode “ir para o pulmão” e causar uma pneumonia. Qualquerdessas consequências é muito prejudicial ao idoso e o médico ouprofissional da saúde que o acompanha deverá ser avisado.Sinais de disfagia: Ptosse, engasgo ou pigarro constantes durante as refeições; Pcansaço durante ou logo após as refeições; Pbaixa aceitação da dieta ou líquido; P Oferecer líquidos espessados e em pequenas porções nos in-tervalos das refeições e durante o dia todo;P Oferecer ao idoso refeições menores e mais vezes ao dia (7 a8 vezes), observando a aceitação;Ptempo prolongado de refeição (mais de 30 minutos).Cuidados: PEvitar alimentos de consistência dura e seca (pão, bolachas,torradas e farofas). Esses alimentos poderão ser oferecidosumedecidos em algum outro alimento, como o leite; POptar por alimentos leves e macios, dietas líquidas engrossa-das e dietas pastosas; O idoso deve ser alimentado sem pressa e deve deglutir o alimen-to que está na boca antes de receber mais. Para ter certeza queele engoliu, é necessário observar se o “gogó” subiu e desceu –não basta observar apenas que não haja alimento na boca;
35.          P35Alimentação PO cuidador deve controlar o volume ingerido, ofertando talheresmenores para colocar pequena quantidade de alimento na boca; PPara idosos que ficam com resíduos na boca, peça para que eledegluta novamente antes de ofertar mais alimento. Dê uma colhervazia (sem alimento) para estimular mais uma deglutição ou umpequeno volume de líquido para ajudar a deglutir o resíduo. Depois de cada refeição, é importante fazer a higiene oral eretirar resíduos de alimentos que possam ter ficado na boca ecausar engasgo posterior.2. P Oferecer refeições menores e mais fracionadas (7 a 8 por dia);PNáuseas e vômitos: POferecer líquidos entre as refeições (2 a 3 litros/dia); PEvitar alimentos em temperaturas quentes, pois liberam odo-res que podem agravar as náuseas; POferecer alimentos mais secos e com temperaturas mais frias(melhor aceitação); POrientar o idoso para mastigar os alimentos lentamente; PManter o idoso em posição sentadadurante a alimentação e evitar quese deite logo depois; Optar por alimentos de fácil diges-tão, restringindo doces e gorduras,alimentos ácidos, picantes, muitosalgados etemperados.
36.          P36AlimentaçãoRegras básicas de higiene alimentarAo comprar os alimentos: PLeia sempre o rótulo que indica a composição do alimento e a datade validade; PObserve sempre se o alimento está em boas condições; PSomente compre carnes que tenham sido submetidas à inspeçãoda ANVISA. Use somente leite e produtos lácteos pasteurizados; PCuidado com alimentos moídos e fatiados, especialmente carne,queijos e frios em geral. Esses alimentos podem estar contamina-dos e causar doenças. Faça você mesmo esses procedimentos,com utensílios devidamente limpos e no momento do consumo.Ao preparar os alimentos: PLave bem bem as mãos antes de cada troca de tarefa e mantenhaunhas aparadas e limpas; PNão prove os alimentos com talheres que serão devolvidos à panela; PNão fale, espirre, tussa, fume ou assobie sobre os alimentos;. PPrenda sempre os cabelos; P Desfolhar as verduras, folha por folha, retirando as partes estraga-das e danificadas;P Mantenha o ambiente limpo.Procedimento para desinfecção de vegetais, legumes e frutas:PNunca manipule alimentos com ferimentos expostos: use sempreum curativo; PLavar as folhas, frutas e legumes um a um, em água potável; PDesinfetar, imergindo durante 15 minutos, em solução clorada: paracada litro de água, colocar uma colher de sopa de água sanitária; Enxaguar imergindo em água potável. Para os alimentos folhosos,a sugestão é imergir ePm vinagre por no mínimo 5 minutos; Escorrer a água.
37.          Eliminações
38.          38EliminaçõesEliminações intestinais PAs eliminações intestinais de cada indivíduo estão diretamente re-lacionadas aos seus hábitos de vida, especialmente à alimentação eingestão de líquidos.Fatores que interferem na eliminação intestinal: Ptipo de alimentação; Pingestão de líquidos; Phorário das refeições; Ppouca atividade física; P uso de medicamentos;Pambiente: tipo de banheiro, viagens; Ptensão emocional; falta de privacidade.Queixas mais comuns:1. Obstipação ou constipação intestinal: Ocorre quando a pessoa evacua em intervalos maiores do queaqueles a que está acostumada; presença de fezes endurecidas,grande esforço para evacuar e sensação de evacuação incompleta.2. Diarréia Ocorre quando a pessoa evacua várias vezes ao dia em períodoscurtos, com predomínio de fezes amolecidas. Neste caso, há riscode desidratação e necessidade de hospitalização: portanto, o ser-viço de saúde deve ser procurado imediatamente.3. Incontinência fecal: Com o envelhecimento, o esfíncter anal pode estar com sua forçacomprometida e não haver controle da evacuação; ou seja, a pes-soa elimina fezes sem perceber.
39.          P39EliminaçõesDicas importantes PAvaliar os alimentos que o paciente come ou tem preferência noseu dia-a-dia. Dentro do possível, sugerir outros alimentos ou re-forçar aqueles que estão adequados. PNa ausência de dentes, os alimentos deverão estar mais cozidose cortados em pequenos pedaços. PPara os casos de constipação intestinal (“intestino preso”), ofere-cer alimentação rica em fibras como as frutas (com casca e baga-ço); verduras de folhas e hortaliças cruas e farelos de cereais. PNos casos de diarréia, oferecer alimentos cozidos e aumentar aoferta de água. POferecer chás, água, sucos (que não promovam a formação degases). Oferecer de 100 a 200 ml a cada hora. Diminuir a ingestãode líquidos cerca de 3 horas antes de dormir. PPadronizar o horário para evacuação. Sugerir após as refeições. Estimular a mobilidade intestinal: A massagem abdominal, feita da direita para a esquerda, com amão espalmada e após 30 minutos das refeições, pode contribuirpara a estimulação dos movimentos intestinais. Pode ser feita como idoso sentado no vaso. Se o idoso estiver acamado, fazer a mas-sagem em posição lateral esquerda.
40.          40EliminaçõesIncontinência urináriaO que é? É a perda involuntária de urina, que pode ocasionar problemasde pele, infecção, vergonha, isolamento, medo e insegurança parao paciente. PA incontinência urinária não é uma decorrência natural do enve-lhecimento. A falta ou controle inadequado da micção do idoso deverser relatada ao médico.Cabe ao cuidador observar para informar ao médico: Características da incontinência: - Ocorre diariamente ou só de vez em quando? - Acontece apenas quando tosse, espirra ou aperta a barriga? - A urina sai para valer ou fica pingando na roupa? - POcorre apenas de dia, só à noite ou dia e noite? PFrequência e volume urinário PAspecto da urina: cor e odor PSensação de esvaziamento incompleto da bexiga PArdor ou dor ao urinar Frequência de troca de fraldasNunca diminua a ingestão de líquidospara que o idoso urine menos.Esta atitude pode causar desidratação!
41.          P41EliminaçõesDicas importantes PAcomode o idoso em um quarto mais próximo do banheiro. Emalguns casos, o ideal é deixar recipientes chamados papagaio oucomadre junto à cama. PDeixe a luz do banheiro acesa durante a noite. PSinalize bem a porta do banheiro com palavras grandes e chama-tivas ou use a figura do vaso sanitário. PFacilite o uso do vaso sanitário com assentos altos e barras deapoio lateral. PProcure vestir o idoso com roupas fáceis de serem retiradas ouabertas. O velcro é uma ótima opção, no lugar do zíper ou botões. PDurante o dia, leve a pessoa idosa ao banheiro em intervalosregulares. Abra a torneira da pia para estimular a micção como ruído. Mantenha o ambiente calmo e evite outras pessoas norecinto (que poderiam inibi-la).  As trocas as fraldas deverãoser regulares. Nunca deixe fral-das molhadas no corpo por mui-to tempo, evitando assaduras eferidas na pele. É fundamentaluma boa higiene com uso deágua e sabonete, eliminando re-síduos de fezes e urina.PNo caso de o idoso não conseguir ir ao banheiro para urinar por di-versos problemas ou quando a incontinência é mais severa, o uso defralda geriátrica é indicado durante o dia e à noite. É preciso explicaros benefícios desta opção para que o idoso aceite e se sinta bem.
42.          Outros temas importantes
43.          43Outros temas importantesPrevenção de úlceras por pressãoO que são? Conhecidas também como escaras, as úlceras por pressão sãoferidas causadas pela diminuição da circulação do sangue em deter-minados locais devido a pressões demoradas (ficar muito tempo emuma mesma posição) ou pela fricção de determinada região da pelecontra uma saliência óssea. A maioria das úlceras por pressão localiza-se sobP Atrito da pele com migalhas ou objetos no leito ou cadeira / poltronas;Pre os ossos sa-lientes, que pressionam os tecidos macios da pessoa contra umasuperfície como a cama, por exemplo.O que favorece o aparecimento de úlceras por pressão? PAtrito da pele com fitas adesivas como o esparadrapo; PCamas e cadeiras duras; PColocação de comadre de forma inadequada e por longo tempo; PSujeira e umidade decorrentes de suor, urina e fezes em contatodireto com a pele; Resíduos de agentes químicos dos sabonete de banho e produtospara a lavagem de roupas.Alerta:Pele avermelhada pode ser o início de uma úlcera por pressão!Neste caso, informe rapidamente ao profissional de saúde.CalcanharesSacro CotovelosOmoplatasParte posteriorda cabeça
44.          P Realizar mudança de posição a cada 2 horas, no leito ou cadei-ra / poltrona;POutros temas importantes44Ações importantes para prevenção de úlceras por pressão PDurante a mudança de posição, o idoso não deve ser arrastadomas sim levantado, com auxílio de forro ou lençol móvel; PRealizar massagem nas regiões do corpo que estão mais sujeitasà pressão e aliviá-las com a colocação de almofadas; P Remover completamente os produtos químicos usados na lava-gem das roupas;P Manter leito e cadeiras / poltronas limpos, confortáveis e sem miga-lhas ou outros objetos que possam causar atrito com a pele;P Banho: utilizar sabonete com pH neutro, removendo-o completa-mente durante o banho. Enxugar cuidadosamente o idoso;P Utilizar fralda em paciente com incontinência urinária, realizandotrocas e higienização sempre que necessário;PManter a pele do idoso sempre limpa e seca, higienizando as zo-nas sujas com a frequência adequada às necessidades do idoso; Cuidar da boa alimentação e hidratação do paciente.Exercício respiratório O exercício respiratório previne complicações pulmonares ao es-timular a eliminação de secreções. Pode ser feito com o idoso aca-mado ou não e ajuda a melhorar a respiração e o bem-estar.1. Paciente sentado ou deitado: colocar a mão na barriga e pedirpara inspirar, sentindo a movimentação tranquila do abdômen.Soltar o ar (expirar) pela boca de forma lenta.2. Inspirar levantando e expirar abaixando os braços estendidos.3. Estimular o idoso a tossir e observar a cor da secreção, que deveser clara. Se estiver com outra coloração, procurar um médico.4. Oferecer muito líquido ao paciente.Sempre que possível, o cuidador deve estimular e auxiliar oidoso a fazer caminhadas leves, alongamentos e passeios.
45.          45Outros temas importantesCuidados na movimentaçãodo idoso acamadoTransferências da cama para a cadeira:Da cadeira de rodas para o carro: Com o idoso sentado, abraçá-lo, levantá-lo com apoio do seu joe-lho, girar o corpo, sentá-lo e arrumá-lo no carro.Alerta:Em toda a movimentação do idoso, o leito ou cadeira de rodasdeverão estar travados para prevenir acidentes, em especial quedas.2. Abraçados, levantá-lo devagar.4. Sentar devagar, dobrar as per-nas e não forçar as costas.1. Sentar o idoso na beira dacama e pedir sua colaboração.3. Girar o corpo juntos.
46.          Outros temas importantes46Facilitando as atividades do dia-a-dia O envelhecimento dificulta a realização de algumas atividades, porisso é importante estimular o idoso a continuar ativo, “antenado”. PAs atividades devem ser simples, se necessário divididas em eta-pas. Inicie atividades junto com o idoso e seja flexível para trocar deatividade. As atividades devem ter significado para quem as realiza eproporcionar prazer e senso de realização pessoal.Dicas importantes P Manter a rotina o mais estável possível;PUsar adequadamente óculos, prótese dentária e aparelho auditivosempre regulados e higienizados; PTer um plano de atividades durante o dia para que o idoso durmabem à noite.Segurança e lazer PUtilizar adaptações para aumentar as chaves (por exemplo, o ta-manho do chaveiro); P Iluminação noturna: usar lâmpadas que acendem ao movimento;PTer chaves extras fora de casa (na casa de parentes, por exemplo); PInterruptores de luz de fácil acesso; P Controle da TV com botões e sinais aumentados (universal);PAo sair de casa, levar cartão com identificação, telefones úteis emedicações em uso; PBaralho jumbo, com adaptação para segurar cartas; PDominó jumbo e com cores contrastantes; PLupa para leitura (livros, jornais e revistas); Participação em grupos sociais da terceira idade (igrejas, asso-ciações etc.).
47.          P47Outros temas importantesTelefone PPreferir os aparelhos sem fio; PCampainha mais alta, com sinal luminoso ou vibratório; PUsar telefone com controle de volume; PQuando houver dificuldade para segurar, usar o viva voz oufone de ouvido; PTelefones com discagem em uma tecla; PTelefones com números maiores.Utilidades PUsar campainha ou sino para comunicação dentro de casa; Manter os objetos mais utilizados numa altura Pentre o pescoço e o quadril; PUsar relógio com mostrador grande; PUsar calendário e agenda; Aumentar o tamanho  Utilizar “pontes” entre asPdas torneiras; superfícies para carregar pesos (cestos, carrinhos).
48.          Outros temas importantes48Estratégias para facilitar a memorização Tanto o idoso quanto o cuidador, especialmente pelo estressedo cuidado, podem apresentar perda momentânea de memória(esquecimentos).  Situação: Chegar a algum lugar e não lembrar o que foi fazer lá.PAlgumas ações podem estimular a memória e prevenir estassituações. PO que fazer: Prestar mais atenção no que está fazendo; repetirem voz alta o que for fazer. Situação: Perder objetos pela casa. PO que fazer: Guardar os objetos sempre no mesmo lugar; redu-zir o número de “esconderijos”; se for algo de muita importân-cia, anotar em um caderno o local onde está guardado; colocaretiquetas com os nomes/desenhos dos objetos guardados emgavetas e caixas. PSituação: Esquecer de dar recados. O que fazer: Deixar o bloco de anotações e caneta ao lado dotelefone. Situação: Deixar a boca do fogão acesa; queimar panelas. O que fazer: PDesligar o registro do gás enquanto não estiver cozi-nhando; usar marcador de tempo com campainha durante o pre-paro dos alimentos; utilizar fogão automático. Situação: Esquecer de tomar medicamentos. O que fazer: Fazer uma lista com os nomes e horários dos medica-mentos e deixar em local bem visível; separar os remédios por ho-rário (manhã, tarde e noite) em potes diferentes para cada período.
49.          P49Outros temas importantes Situação: Esquecer compromissos marcados. PO que fazer: Usar agenda ou calendário para marcar compromis-sos; olhar a agenda no começo do dia para se programar ou antesde sair de casa; fazer lembretes e deixá-los em locais visíveis. Situação: Esquecer nomes. PO que fazer: Repetir o nome da pessoa em voz alta; escolher umacaracterística marcante da pessoa para lembrar do seu nome. Sepossível, anotar os nomes e as características em uma agenda(exemplo: Maria olhos verdes). Situação: Esquecer de pagar contas. PO que fazer: Débito automático; anotar o vencimento das contasna agenda com um lembrete do vencimento três dias antes. Situação: Contar sempre a mesma história. PO que fazer: No início da conversa, fazer um resumo do que vaicontar e perguntar: Eu já contei isso? Perceber a expressão dorosto da pessoa com quem conversa. Situação: Não saber que horas são ou que dia é. PO que fazer: Relógio de parede e de pulso; calendário de paredeem local visível com números grandes; estabelecer rotinas. Situação: Incapacidade de realizar atividades. O que fazer: Fazer uma coisa decada vez; começar pela parte maisfácil, se possível treinar a ativida-de; anotar a sequência de exe-cução; realizar atividades que te-nham significado.
50.          50Outros temas importantesSegredos para uma vida saudável1. Adotar hábitos saudáveis no dia-a-dia e evitar o fumo eo álcool.2. Manter-se ativo e atualizado: procurar saber o que estáocorrendo no mundo.3. Ter um passatempo, algo que goste de fazer.4. Interagir e se relacionar com várias pessoas.5. Ter um esporte ou praticar constantemente exercício físico.6. Cuidar da alimentação, fazer uso de dieta balanceada.7. Fazerprevençãooucontrolededoençascomohipertensãoarterial, diabetes e osteoporose.8. Evitar quedas, prevenindo-se contra fraturas.9. Fazerexamesperiódicosdevisãoeaudição,usandopróteseauditiva, óculos ou prótese dentária quando necessário.10. Assumir responsabilidade, ter atividades rentáveis ouvoluntárias.11. Não fazer uso de medicamentos desnecessariamente:evitar a automedicação.12. Evitar o estresse. Dar sentido à vida.Professor Yokio MoriguchiMédico Geriatra, Professor e Ex-Diretor doInstituto de Geriatria e Gerontologia da PUC-RS
51.          51Serviços disponíveis e direitos do idoso
52.          52Serviços disponíveis e direitos do idosoBenefício de Prestação Continuada – BPC O BPC é um benefício de um salário mínimo pago às pessoascom 65 anos ou mais e às pessoas com deficiência (de qualqueridade). Para solicitar o BPC, é necessário não receber outros be-nefícios previdenciários e comprovar renda familiar inferior a ¼ dosalário mínimo vigente.Aposentadoria por invalidez – Adicional de 25% O segurado que se aposentou por invalidez e que necessita deassistência permanente de outra pessoa tem o direito de receber umadicional de 25% sobre seus proventos. Para solicitar o benefício, o segurado deve procurar uma agên-cia do INSS.Isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU É direito do idoso morador do Município de São Paulo, que recebeaposentadoria ou pensão de até 3 salários mínimos e que possua umúnico imóvel para moradia.Recadastramento anual para funcionários públicos Todo ano, no mês de seu aniversário, o servidor público deve fazero recadastramento para garantir seus proventos/benefícios. O fun-cionário ativo pode fazer este recadastramento no site da SecretariaEstadual de Gestão Pública (www.gestaopublica.sp.gov.br). Os fun-cionários inativos ou pensionistas devem comparecer a uma agênciado Banco do Brasil. Caso o servidor esteja impossibilitado de comparecer, o familiarou responsável deverá levar ao SPPREV, com antecedência mí-nima de um mês à data do aniversário, um atestado médico cons-tatando que é necessário uma visita ao domicílio ou à instituiçãoonde o usuário esteja internado. Para mais informações, o servidor deve contatar o SPPREV, à RuaBela Cintra, 657, Consolação (de segunda à sexta-feira, das 9h às 16h,ou aos sábados, das 9h às 15h) ou pelo telefone 0800 777 7738.
53.          53Serviços disponíveis e direitos do idosoMaus tratos contra o idoso Os casos comprovados de maus tratos previstos em lei e passí-veis de punição incluem: - Violência física; - Violência psicológica; - Negligência nos cuidados. As denúncias podem ser feitas a qualquer um dos seguintes ór-gãos: autoridade policial, Ministério Público e Conselhos Municipais,Estaduais e Nacional do Idoso.Prioridade do atendimento em serviços de saúde Em serviços de emergência de saúde (públicos ou privados), aprioridade de atendimento ficará condicionada à avaliação médicadiante da gravidade dos casos a atender. O Estatuto do Idoso assegura o direito a acompanhante, a quemdeverão ser asseguradas condições adequadas para a sua per-manência no local em tempo integral. O direito ao acompanhantepoderá ser negado a critério médico, tendo o médico que justificarpor escrito as razões que impedem a permanência do acompa-nhante no hospital.Isenção funerária Em alguns municípios, é concedida isenção funerária às pessoassem condições de arcar com as despesas do funeral. Incluem urna, otransporte do corpo e o sepultamento em quadra geral. Para este serviço, informe-se junto ao Serviço Funerário Munici-pal, levando junto os documentos do falecido e a Certidão de Óbito.Óbito no domicílio Nos casos de morte natural, ocorrida no domicílio, o familiar ouresponsável deve se dirigir à delegacia mais próxima a fim de regis-trar Boletim de Ocorrência (B.O.).
54.          54Telefones úteis
55.          55Telefones úteisCentro Acadêmico XI de Agosto - Assessoria Jurídica gratuitaPraça João Mendes, 62 - 17º andarFone: (11) 3241-4461Centro de Referência do Idoso - CRIPraça Padre Aleixo Monteiro Mafra, 34 - São Miguel PaulistaFone: (11) 2030-4000Centro de Referência do Idoso - CRI - Zona NorteRua Augusto Tolle, 978 - MandaquiFone: (11) 2972-9200 / (11) 2972-9255Delegacia de Proteção do IdosoEstação República do Metrô - 1º pisoFone: (11) 3237-0666 / 3256-3540De segunda a sexta-feira, das 9h às 18hPromotoria de Justiça de Direitos Humanos - IdososRua Riachuelo,115 -1º andar - sala 149 - CentroFone: (11) 3119-9082 / 3119-9083 - Fax: (11) 3119-9084E-mail: idoso@mp.sp.gov.brGrande Conselho Municipal do IdosoRua Líbero Badaró, 119 - Ed. São Joaquim - 1º andar - CentroFone: (11) 3113-9631INSSFone: 135Ordem dos Advogados do Brasil - OABPraça da Sé, 385Fone: (11) 2155-3737De segunda a sexta-feira, das 9h às 18 hDefensoria PúblicaAv. Liberdade, 32Fone: (11) 3105-5799 e 08000-178989
56.          Referências Bibliográficas561. BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre oestatuto do idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União,Poder Executivo. Brasília, DF, 3 out. 2003.2. BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano. Petrópolis: Vozes,1999. (Compaixão pela Terra).3. BORN, Tomiko. Cuidar melhor e evitar a violência. Manual do cuidadorda pessoa idosa / Tomiko Born (org.). Brasília: Secretaria Especial dosDireitos Humanos. Subsecretaria de Promoção e Defesa dos DireitosHumanos, 2008, 330 p., 30 cm.4. CAOVILLA, Vera Pedrosa e CANINEU, Paulo Renato. Você não estásozinho. São Paulo, ABRAZ, 2002.5. CAMPINAS. Prefeitura Municipal de Campinas. Manual para cuidadoresinformais de idosos: guia prático. Campinas, 2004.6. DIAS, E,L.F, WANDERLEY, J.S; R.T. (orgs.). Orientações paracuidadores informais na assistência domiciliar. Campinas, Editora daUnicamp, 2002, ap.89-109.7. DISTRITO FEDERAL. Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretariade Atenção à Saúde. Gerência da Saúde da Comunidade. Núcleo deAtenção Integral à Saúde do idoso. Manual de atenção ao idoso da rededa SES. DF. Brasília, 2006.8. FRANK. A. A; SOARES, E. Nutrição no envelhecer. São Paulo, Atheneu,2002, 300p.9. FORLENZA, O. V. e CARAMELLI, P. Neuropsiquiatria geriatria. EditoraAtheneu, 2001.10. GUCCIONE, A. A. et al. Fisioterapia geriátrica. Editora GuanabaraKoogan, RJ, 2002, 2ª ed.11. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Redes estaduais de atenção à saúde doidoso. Editora MS, Brasília DF, 2002.12. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Viver mais e melhor – Guia completo para vocêmelhorar sua saúde e qualidade de vida. 2000 (distribuição gratuita).13. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia Prático do Cuidador, Brasília DF, 2009
57.          57Referências Bibliográficas14. MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO. IPEA.CAMARANO, Ana Amélia. Envelhecimento da população brasileira:uma contribuição demográfica. Rio de Janeiro, 2002.15. MORAGAS, Ricardo Moragas. Gerontologia social, envelhecimento equalidade de vida. Trad. Nara C. Rodrigues. São Paulo, Paulinas, 1997.16. NELTO, PM. Gerontologia, editora Atheneu, 1996.17. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. CID – 10. Classificação deTranstornos Mentais e de Comportamento: descrições clínicas ediretrizes diagnósticas. Genebra: Artes Médicas, 1993.18. PACHECO, Jaime Lisandro (et al) (org). Tempo: rio que arrebata.Holambra/ setembro, 2005.19. PAPALÉO NETTO, Matheus. Gerontologia: a velhice e o envelhecimentoem visão globalizada. São Paulo, Atheneu, 1996.20. NOBRE, MRC, Domingues, RZL. Doença vascular cerebral. In: Unimed.Qualidade de Vida e Medicina Preventiva. SP. 1996.21. RODRIGUES, R.A. P. & DIOGO, M.J.D. Como cuidar dos idosos. EditoraPapirus, 2ª edição, 1996.22. SECRETARIA DA SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Sorria todavida. Viva com saúde bucal – Autocuidados e cuidadores. ImprensaOficial, 2001.23. SECRETARIA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS. PolíticaNacional do Idoso. Programa Nacional de Direitos Humanos.Imprensa Nacional, 1998.24. SENAC - Primeiros socorros. Como agir em situações de emergência.São Paulo: Editora Senac, 200325. SILVA, Maria Júlia Paes e GIMENES, Olímpia Maria Piedade V. O mundoda saúde. São Paulo, ano 24, v. 24, julho / agosto 2000.26. IMON, Ryad. Psicologia clínica preventiva. Editora EPU, 1993.27. SOUZA, L.V.B. e JUNQUEIRA, M.L. Primeiros socorros – Princípiosbásicos. Editora Cabral - 1ª edição.


Nenhum comentário:

Postar um comentário